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Lançamento público da RIMED

No dia 18 de outubro de 2023 decorreu um webinar de apresentação da RIMED. O momento foi aproveitado para a realização conjunta de uma reflexão sobre a inovação e a melhoria da educação, no atual contexto.

Apresentação

A RIMED é uma plataforma de encontro e de colaboração entre pessoas (professores, investigadores, diretores escolares, mediadores culturais, etc.) e instituições (escolas, autarquias, associações de educação, etc.) destinada ao debate, partilha, estudo, investigação-ação, co-construção de projetos de inovação e melhoria da educação.

A RIMED conta com:

– a livre adesão de pessoas e instituições, com a sua participação ativa e a entreajuda para se quebrar o isolamento, a incoerência e a insustentabilidade que caracterizam habitualmente as inovações educacionais;

– um referencial-base sobre o que entendemos por inovação e melhoria da educação, que constitui o primeiro desafio de co-construção da Rede e que esclarece, de modo breve, que tipo de referentes educacionais nos guiam;

– uma equipa técnica multidisciplinar (ver), disponível para apoiar e animar processos de inovação e melhoria da educação.

A RIMED tem os seguintes objetivos:

2.1. Criar uma rede nacional de escolas dispostas a iniciar ou a dar continuidade a projetos de inovação educacional, que se traduzam na metamorfose das suas práticas organizacionais, pedagógicas, curriculares, profissionais e territoriais.

2.2. Desenvolver dinâmicas de cooperação que criem canais de comunicação entre os membros desta rede nacional e reforcem os canais de comunicação já criados com as organizações e escolas identificadas como “case studies” mundiais da inovação escolar.

2.3. Dinamizar a partilha de experiências com os “case studies” nacionais e mundiais da inovação escolar, nomeadamente através de visitas cruzadas e a observação in loco das práticas pedagógicas, organizacionais, curriculares, profissionais e territoriais neles utilizadas, tendo em vista a construção de conhecimento significativo que alavanque os esforços de mudança e a melhoria dos processos e resultados educativos nacionais.

2.4. Instituir práticas regulares de reflexão, interação e entreajuda entre as escolas da rede nacional e internacional, em formatos diversos e com geometrias de participação variáveis, de modo a potenciar todo o conhecimento produzido no âmbito da Rede e alavancar projetos educativos de renovada qualidade.

2.5. Participar em programas e dinâmicas públicas e privadas de inovação e melhoria da educação.

3.1. Criação, desenvolvimento e avaliação de Projetos de Inovação e Melhoria Educacional, junto de Agrupamentos, Escolas, autarquias e outras instituições.

3.2. Criação de uma Rede de escolas apostadas na inovação e melhoria educacional.

3.3. Organização de um sistema permanente de visitas cruzadas entre escolas portuguesas e entre estas e os “case studies” mundiais da inovação escolar.

Quem adere (individual ou institucionalmente) o que ganha com isso?

Quem adere à RIMED, pode:

– participar na construção permanente do referencial e das práticas colaborativas de inovação e melhoria da educação, constituindo progressivamente uma comunidade de aprendizagem apostada na melhoria da educação;

– participar em seminários e oficinas sobre inovação e melhoria das escolas gerados na Rede;

– participar em projetos de investigação e melhoria, de preferência sustentados no modelo autorregulado de planificação-ação-melhoria-avaliação;

– divulgar projetos de investigação e de inovação relacionados com a melhoria da educação escolar;

– receber apoio direto da RIMED para a criação e o desenvolvimento de “comunidades de prática” dentro de cada escola/Agrupamento;

– participar com sugestões sobre ações a empreender, metodologias a adotar, cuidados a ter, novos projetos a desenvolver pela RIMED;

– propor a criação de mini-redes ou sub-redes temáticas dentro da RIMED;

– aceder a um Banco de Recursos exclusivo a membros com informação sobre escolas inovadoras de todo mundo, redes e organizações dedicadas à inovação educacional, notícias e artigos científicos que tenham por objeto a mesma inovação educacional;

– participar na disseminação de experiências e divulgar/receber artigos científicos sobre a inovação e melhoria da educação;

– divulgar a RIMED junto de pessoas e entidades que possam vir a estar interessadas em participar na Rede.


Como se adere?

A adesão é livre e concretiza-se preenchendo uma ficha de inscrição.

Não há lugar ao pagamento de qualquer quota de adesão.

A coordenação da RIMED divulga a RIMED e organiza os contactos e as adesões e imprime um ritmo regular de comunicação entre os membros da Rede, incentivando a sua participação ativa e em rede.

Os membros da RIMED, pessoas e instituições, podem propor múltiplas dinâmicas de trabalho, tais como: partilhas de experiências, debates de problemáticas, visitas a escolas inovadoras, em Portugal e no estrangeiro, projetos colaborativos de investigação-ação, webinares, apoio a projetos em cada escola, …

A coordenação da RIMED, por sugestão dos membros aderentes ou por sua iniciativa, organiza eventos, exclusivos da Rede ou abertos.

A coordenação da RIMED ativa a sua Equipa Multidisciplinar (sem prejuízo de pedir intervenções pontuais a outros peritos), para dar apoio a estas dinâmicas e para pensar em conjunto a inovação e melhoria da educação: construção/aprovação/monitorização de projetos específicos (ex: consultoria formativa a uma escola, curso de formação, realização de um seminário, animação de uma mini-rede colaborativa, etc.).

A coordenação da RIMED abre uma ficha de projeto para cada ação e realiza uma monitorização, permanente e próxima, de cada intervenção em curso

O financiamento da Rede é gerado sobretudo pelos projetos que venham a ser desenvolvidos.

6.1. Acordos, protocolos e contratos

6.2. Patrocínios

6.3. Donativos institucionais e individuais

6.4. Fundos próprios

As mudanças socioculturais profundas que hoje nos envolvem têm lançado grandes desafios à educação escolar. Desafios que apelam à progressiva mudança de um modelo de ensino que tende a tornar-se mais e mais inadequado, gerando um elevado volume de alunos descomprometidos e de profissionais desgastados.

As inovações e melhorias a que temos assistido, seja as que o Ministério da Educação promove (como a Autonomia e Flexibilidade Curricular ou os Planos de Inovação regulamentados pelas Portaria n.º 181/2019, de 11 de junho, alterada pela Portaria n.º 306/2021, de 17 de dezembro,) seja as que cada agrupamento/escola, de per si, decide empreender, são geralmente mobilizadoras e positivas, mas esbarram habitualmente com problemas de incoerência, isolamento e sustentabilidade. Mais cedo ou mais tarde acabam por ser absorvidas pelo modelo escolar tradicional e hegemónico e desaparece o seu ímpeto inovador e de promoção de uma educação mais significativa para cada criança, jovem e educador.

Importa quebrar este círculo vicioso e enfrentar esses mesmos problemas de incoerência, isolamento e insustentabilidade da inovação e melhoria da educação. Para tal, é necessário envolver as próprias escolas interessadas e gerar redes de entreajuda que quebrem o isolamento e deem maior garantia de sustentabilidade dos processos e resultados.

A FML tem desenvolvido, ao longo dos últimos vinte e cinco anos, um trabalho persistente de acompanhamento dos processos de melhoria da educação, nomeadamente através do Programa AVES (Avaliação Externa de Escolas), através da realização de estudos e projetos com escolas e autarquias e da publicação regular de uma coleção de livros sobre a educação e o ensino.

Para além desta intervenção institucional, alguns investigadores desenvolveram recentemente estudos sobre inovação escolar à escala internacional e nacional, no quadro da Universidade Católica Portuguesa. Em contexto de trabalho doutoral, mapearam-se e caracterizaram-se escolas que são hoje identificadas pela comunidade científica das Ciências da Educação como “case studies” mundiais da inovação escolar. No decurso destas investigações criou-se uma rede de contactos com algumas dessas escolas inovadoras, nacionais e internacionais, com personalidades académicas e organizações de referência, reconhecidas no campo da inovação e melhoria escolar.

Consideramos que a experiência acumulada e o conhecimento já adquirido podem e devem ser completados com a observação in loco e com a troca de experiências com estas escolas inovadoras, onde se articulam várias mudanças profundas nas dimensões organizacional, pedagógica, curricular e territorial, com uma ação docente mais criadora, mais empoderadora e profundamente cooperativa, pois isso produziria conhecimento significativo e útil e alavancaria os processos de mudança e melhoria das escolas portuguesas.

Assim, uma equipa multidisciplinar composta por professores, investigadores e mediadores culturais, no quadro da Fundação Manuel Leão, decidiu criar a Rede para a Inovação e Melhoria da Educação, RIMED. Esta Rede integrará e potenciará o desenvolvimento do Programa AVES (Avaliação Externa de Escolas), criado em 2001.

Sete anos depois de criada a Edufuturo: Rede de Escolas para a Transformação da Educação, a Fundação Manuel Leão lançou, em outubro de 2023, a RIMED-Rede para a Inovação e Melhoria da Educação. Aprendemos com as dificuldades que surgiram e decidimos: (i) enveredar por um caminho diferente, envolvendo as pessoas e as instituições em dinâmicas mais colaborativas; (ii) investir mais recursos internos e dispor de uma equipa técnica multidisciplinar mais abrangente; (iii) avançar com um projeto próprio da Fundação Manuel Leão, congregando em redor desta iniciativa os seus recursos e as experiências acumuladas.

Contacto

Equipa

Joaquim Azevedo

Professor Catedrático Jubilado da Universidade Católica Portuguesa

Coordenação

Eduardo Lomba

Doutor e Investigador em Ciências da Educação, Universidade Católica Portuguesa

Coordenação

  • Estudo dos case studies nacionais e internacionais de inovação escolar.
  • Dinamização de canais de comunicação e visitas aos case studies mundiais da inovação escolar, numa perspetiva de partilha de práticas e entreajuda.
  • Criação de parcerias com outras redes ou organizações dedicadas à inovação e melhoria escolar.
  • Criação de ligações a investigadores de referência a nível internacional no campo da inovação e melhoria escolar.

 

Alexandra Carneiro

Doutoranda em Ciências da Educação na Universidade Católica Portuguesa

  • Conhecimentos de crenças de professores: conhecimento e ação.
  • Desenvolvimento profissional docente.

Ana Paula Silva

Mestre em Ciências da Educação pela Universidade Católica Portuguesa, Embaixadora Digital da DGE

  • Planos de transição digital das escolas.
  • Autoavaliação de escolas: modos de agir.
  • PIPSE – Programa Integrado de Promoção do Sucesso Escolar.

Andreia Magalhães

Doutorada em Ciências da Educação e Pós-Doutorada pela Universidade Católica Portuguesa

  • Internet das Coisas e sua ligação ao ensino.
  • Pedagogia | Tecnologias e Aprendizagem (modelo TPACK).
  • Digitalização.

Andreia Vale

Mestre em Psicologia, Doutoranda em Ciências da Educação na Universidade Católica Portuguesa

  • Lideranças nas organizações escolares.
  • A felicidade e o bem-estar nas organizações educativas.
  • A relação escola-família e a construção de uma parentalidade positiva.

Angelina Presa

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Católica Portuguesa, Diretora Pedagógica da ETAP

  • Desenvolvimento do Ensino Profissional.
  • Inovação pedagógica no ensino profissional.

António Filipe Barbosa

Professor e Doutor em Ciências da Educação pela Universidade Católica Portuguesa, Programa de Direção de Empresas na AESE Business School

  • Lideranças nas organizações escolares.
  • Lideranças intermédias: modos de agir.

António Oliveira

Professor e Doutor em Ciências da Educação pela Universidade Católica Portuguesa

  • Abandono escolar oculto: observatório de prevenção.

Fátima Braga

Mestre e Doutora em Desenvolvimento Curricular pela Universidade do Minho

  • Avaliação Pedagógica.
  • Desenvolvimento curricular.

Generosa Pinheiro

Mestre em Administração e Organização Escolar, Doutoranda na Universidade Católica Portuguesa

  • Organização e funcionamento de equipas educativas.
  • Dinamização de comunidades de prática.
  • Redes de colaboração intra-organizacional.
  • Lideranças intermédias: modos de agir.

Inês Azevedo

Licenciada em Artes Plásticas-Escultura, Mestre em Práticas Artísticas Contemporâneas pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e Mestre em Ensino de Artes Visuais (FPCE e FBAUP), pela Universidade do Porto, Diretora do Museu Casa da Imagem

  • trabalho colaborativo / redes de colaboração transdisciplinar.
  • literacia visual e dos media / comunicação visual e multimédia.
  • metodologias de projeto e processos criativos.

Joana Mateus

Licenciada em Artes Plásticas-Pintura e Mestre em Arte Multimédia e em Ensino de Artes Visuais, pela Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto, Diretora do Museu Casa da Imagem

  • trabalho colaborativo / redes de colaboração transdisciplinar.
  • literacia visual e dos media / comunicação visual e multimedia.
  • metodologias de projeto e processos criativos.

Lídia Serra

Doutoranda em Ciências da Educação na Universidade Católica Portuguesa

  • Autoavaliação de escolas e avaliação externa.
  • Lideranças, inovação e aprendizagem organizacional.

Margarida Azevedo

Doutora em Economia pela Sorbonne-Universidade de Paris, CEO da Fundação Manuel Leão

  • Avaliação de impacto da inovação.

Sílvia Amorim

Doutora em Ciências da Educação pela Universidade Católica Portuguesa, Docente do ensino secundário e do ensino superior na Escola Superior de Hotelaria e Turismo, do Instituto Politécnico do Porto

  • Culturas organizacionais escolares.
  • Culturas profissionais.
  • Lideranças e resultados escolares.

Valdemar Almeida

Mestre em Educação pela Universidade do Minho

  • Promoção do Sucesso Escolar.
  • Territorialização das políticas educativas.